24/06/2012

INGVILD LANGGARD

 Ingvild Langgard a cantora melódica que escolheu para seu alter-ego o nome de uma figura mitológica, apresentou-se, em estreia e data única, no Café Au Lait, em Abril. Deu uma entrevista ao ponto alternativo.

O  primeiro LP, The Sea, foi lançado com o selo da Rune Grammofon. Quando e como se iniciou este laço?
Quando comecei a fazer o disco, não tinha ideia nenhuma por onde o iria editar. Eu e o Froder Jacobsen, co-produtor, queríamos compor, primeiramente, todo o registo e só enviá-lo, posteriormente, para as companhias discográficas. A Rune Grammofon foi a única para a qual enviámos e, quando eles quiseram o disco, nem nós quisemos procurar mais, [porque esta] sempre foi a minha editora favorita. É uma companhia independente e pequena, que só tem boas edições no seu catálogo. Vários músicos e artistas que eu respeito estão lá, como Jenny Hval, Susanna Wallumrød, Deathprod, Maja Ratkje and Motorpsycho. Esta é uma editora que oferece total liberdade artística e que encoraja os artistas a desenvolverem-se e a arriscarem, se o seu trabalho estiver à altura. Por isso, espero trabalhar com eles durante muito tempo.
 
 The Sea é o primeiro capítulo de uma trilogia. Que histórias é que nos queres contar, no futuro?
Sim, é uma trilogia conceptual, então irei fazer mais dois discos que explorem a fundo este conceito. Existe um narrador ténue criado, que canta sobre várias experiências, como se fosse uma viagem. O conceito vem, então, de diferentes histórias, vivências e atmosferas, que se enquadram na mesma linha narrativa. Para mim, é importante que cada canção surja primeiro, não quero forçar nada, e é isso que se enquadra na concepção. O próximo álbum chamar-se-á The Night e irá incluir algumas novas directrizes na minha música, igualmente. Haverá mais bateria, mais baixos negros e até mesmo mais canções com upbeat. Estes temas contarão estórias da noite e de viagens pelo submundo…

"quando estava na adolescência, ingressei em aulas de canto de música clássica - Beethoven e Grieg, principalmente. Contudo, penso que o treino vocal mais importante de todos tem sido o cantar [temas de] outras vozes que adoro e que admiro, como Billie Holiday, ou Elizabeth Fraser (Cocteau Twins), David Sylvian, e, acima de tudo, Kate Bush" , "há tantos artistas que me maravilham, hoje em dia. Alguns músicos suecos são, incrivelmente, bons. Primeiro, os Wildbirds & Peacedrums, que me arrebatarem logo na primeira vez que os ouvi. Depois, Dungen, Jenny Wilson, Lykke Li e Josef & Erika são também favoritos. Os meus companheiros de editora Jenny Hval e Susanna & the Magical Orchestra são notáveis. A música que, realmente, fez diferença em mim nos últimos anos - quer nova, quer mais antiga - também seria a de Yeasayer, Arthur Russell, Fleet Foxes, Joanna Newsom, Dr. John, Moondog, Low, e, claro - e sempre -, Kate Bush".

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