“Tanith And The Lion Tree”(depois de estar fora de catálogo e difícel de encontrar por meia década, a Polish label SPV reeditou-o em 1997, e a Soleimoon em1999) passados vinte anos – não façam as contas, por favor, soa intenso como quando saiu na Third Mind em 1991, é quase um disco completo, sem acusar a quase hora e meia que tem.
Tornou-se cada vez mais difícil descrever o trabalho de Edward. Isto devido à excentricidade dos sons contidos. Edward Ka-Spel já andava a fazer muito estrago com os seus Legendary Pink Dots quando, saindo da série “China Doll”, fez esta colecção de canções que abria o espectro do seu som para múltiplas direcções.
Sem nunca deixar de ter o carimbo Ka-Spel, hoje ouvimos uma constelação de influências e reverberações que na altura faziam destes anos finais da década de 80 um viveiro de ideias e revoluções sem género demarcado.
Coil, Momus ou Nurse With Wound podiam ser hipóteses bem óbvias, mas para além desta familiaridade confortável, dá gosto passear por óptimas canções, por delírios experimentais, por ricas pausas ambientais ou pelas magníficas fantasias sonoras. “Tanith And The Lion Tree” é quase um disco completo, sem acusar nunca a quase hora e meia que tem.
Edward Ka-Spel - keyboards, guitar, radio, toy guitar, percussion, melodica, voice
Lady Loop - keyboards
Father Pastorius - occasional guitar
The Silver Man - keyboards
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