27/10/2013

R.I.P. LOU REED

Lou Reed em 2010, numa passagem pelo Estoril, em Lisboa.

O músico, compositor e guitarrista norte-americano Lou Reed morreu, este domingo, aos 71 anos, desconhecendo-se a causa concreta, noticiou a revista "Rolling Stone".
Lou Reed, fundador da banda de culto Velvet Underground e que agora atuava a solo, marcou meio século do rock.

Foi considerado um dos melhores guitarristas de sempre pela "Rolling Stone", alcançando a 81ª posição no ranking.

Casado com a artista Laurie Anderson, Lou Reed tinha sido submetido a um transplante de fígado, em maio.

Foi com a mulher que esteve pela última vez em Portugal, a convite do produtor Paulo Branco, para expor as suas fotografias e apresentar o documentário "Red Shirley", com o qual se estreou como realizador, no Estoril Film Festival, em novembro de 2010. Além da exposição de fotografias, intitulada "Romanticism", Lou Reed deu, na ocasião, uma aula de cinema, fotografia e artes marciais na ocasião.

O último concerto de Lou Reed, que atuou pela primeira vez em Portugal em 1980, recua a julho de 2008, no Campo Pequeno, em Lisboa. Antes, o ex-Velvet Underground, banda que deixou em 1970, tinha atuado em 1992 e 1998 (durante a Expo98) e em 2000.

Em 2011, o músico fez um álbum de parceria com o grupo de heavy metal Metallica, intitulado "Lulu".


O guitarrista Zé Pedro, dos Xutos&Pontapés, considera que Lou Reed, que morreu, este domingo, aos 71 anos, foi um artista "enorme" e "fora do comum", que pôs Nova Iorque no mapa do rock.

 "Vi o Lou Reed pela primeira vez em 1977, em França, e fiquei fascinadíssimo com o concerto dele", disse o músico à Agência Lusa, acrescentando que o ex-Velvet Underground "meteu Nova Iorque no mapa" do rock, causando "um grande impacto com os seus primeiros discos". Entre os álbuns que "marcaram uma geração", Zé Pedro aponta Transformer, de 1972, mas também "Rock'n'Roll Animal", um disco ao vivo lançado em 1974.

Zé Pedro, que assistiu a dois concertos de Lou Reed em Portugal, no pavilhão do Dramático de Cascais e na Casa da Música, no Porto, teve também oportunidade de "confraternizar um bocadinho" com o nova-iorquino nesta ocasião. "Senti-me muito privilegiado e orgulhoso", sublinhou o guitarrista, afirmando que nesse dia Lou Reed não deu mostras do mau feitio de que tinha fama.

Zé Pedro destacou ainda o papel de Lou Reed como ativista de causas sociais, nomeadamente por ter "dado a cara pelos Alcoólicos Anónimos".

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